O fenômeno da diversidade

                        Há que se realizar, de forma mais eficaz, a implementação de iniciativas estimuladoras da valorização da diversidade cultural, com objetivo de romper com a falta de posicionamento em contraposição à indiferença, enfrentando os preconceitos no âmbito escolar.

                        Através desenvolvimento das devidas competências docentes relacionadas à temática possibilitará o almejado empenho coletivo capaz de promover o estímulo da valorização da diversidade cultural a se estabelecer como um mecanismo facilitador da expressão e do desenvolvimento de talentos e potencialidades individuais. Num ambiente livre dos entraves gerados pelo preconceito que causa a repressão dos talentos, inibe potencialidades e compromete capacidades, certamente será possível identificar avanços consideráveis em vez de estagnação numa interminável situação de fracasso sem solução.

                        A diversidade cultural na escola é uma realidade explícita, estabelecida plenamente, com suas particularidades características do fenômeno. Porém, apesar da composição nada sutil do multiculturalismo, a comunidade escolar não assume essa realidade e nem a reconhece como oportunidade de aprendizagem, como oportunidade de  compartilha de diferentes conhecimentos, vivências e da socialização de diferentes saberes. O que ocorre, sem dúvida, no âmbito escolar é algo que é impossível classificar seguramente se como indiferença, fingimento ou dissimulação inconsciente diante da abundante diversidade cultural, racial, social e econômica previsível como resultado do processo de democratização/universalização do acesso ao ensino e à aprendizagem.

                        Há, portanto, necessidade de problematização da questão da diversidade cultural entre os profissionais educacionais com objetivos claros de sanar as dificuldades de enfrentar essa realidade à luz dos conhecimentos necessários acerca da importância do respeito e consideração das diferenças, sem ignorará-las, tratando como imperceptíveis, na perspectiva de nivelar  no  de igualar, como se possível fosse, a diversidade que compõe o universo escolar.

                        Considerando as diferenças existente, a democratização do acesso à escolarização que traz em seu bojo a necessidade de mudança de estratégias didáticas diferenciadas e atrativas, respeitando as diferenças de ritmo e  tempo de aprendizagem de cada aluno, de acordo com a realidade peculiar dada a complexidade dos conhecimentos e dos desenvolvimentos cognitivos próprios de cada indivíduo, bem como da contextualização dos conhecimentos visando à aprendizagem significativa. 

                        A necessidade de inovação na atuação docente, é fato inquestionável. Há necessidade de intervenção em prol de adequação às demandas dessa nova realidade educacional, desde a graduação dos futuros profissionais docentes e, principalmente, de formação permanente aos profissionais atuantes, tendo em vista que o respeito à diversidade cultural é a base concreta para a construção da cidadania. Ser diferente, respeitado e aceito é uma conquista e um direito que deve ser garantido para que os indivíduos possam agir e viver de acordo com seus valores individuais. Isso se configura como uma forma de respeito à dignidade dos seres humanos.

                        Os apoios externos são escassos por serem mal divulgados, mal compreendidos, pois há necessidade de reorganização de espaço(tempo), para priorizar a formação permanente 'in locus', necessária para promover a conscientização e reflexão rumo à adoção posturas adequadas ao atual contexto educacional inclusivo.

Realmente, há necessidade de maiores avanços nos estudos e investigações em busca de compreensão e maior atenção voltada para o fenômeno diversidade cultural. Há necessidade de enfrentamento dessa realidade com objetivo de promover uma educação de qualidade, como uma meta que deve ser conquistada através de um empenho coletivo.

Escrito por mim: Olinda A Antunes Okada