sexta-feira, 1 de maio de 2015

Equívocos recorrentes sobre o filosofar (concepções), com foco no ensino.

Diante de todos os esclarecimentos e exposição de todas as imagens que são feitas da Filosofia(imagens, dentre tantas, anedóticas, tais como a de que o filósofo é aquele que anda como se estivesse flutuando, com a cabeça nas nuvens, ou então aquele que por caminhar olhando para o céu, cai num buraco e é alvo de deboche ...) se é possível refletir sobre o quanto estas imagens estão presentes nas ideias, de tal forma, que dificulta a identificação sobre quais dentre tantas imagens seriam mais ou menos prejudiciais ou importantes na nossa formação de conceito e na libertação das armadilhas contagiantes que nos aprisionam às ideias do senso comum. Mas, se há algo determinante, que não deixa nenhuma dúvida, é que todas as imagens se complementam e também que todas se devem aos próprios filósofos; pois desde os tempos mais remotos, devido à ausência de preocupações centradas com seriedade e objetivos didático/pedagógcos desprendidos e libertos dos ditames de um modelo de ensino elitista, cujas características instalaram e espalharam raízes profundas e proliferadoras no campo do ensino/aprendizagem, por excesso de erudição, como se, inconscientemente, se pretendesse suprir a inexistência do empirismo, termo este, que surgiu a partir da época de Aristóteles. Esses são fatores que delimitaram a realidade dos pensadores importantes, envolvidos e que se destacaram. Evidentemente, não resta dúvida sobre a árdua caminhada necessária a ser percorrida pelo docente que queira se situar no rumo certo e conquistar a devida competência para exercer com êxito a docência, visto que, atualmente, as idéias destorcidas, pouco ou nada definidas, se instalam graças, também a professores, em detrimento de suas especializações alheias às manifestações e dimensões da Cultura.
A figura generalista de Platão, por suas vertentes ideológicas e epistemológicas, pelas quais se cria uma imagem estigmatizante acerca do filósofo, a qual encontra terreno sólido no espaço do senso comum, de hábil manipulador dos conhecimentos, capaz de responder todas as questões subjetivas, sem dúvida é a que mais encontra adeptos no âmbito educacional. Porém esta imagem generalizada encontra limitações inúmeras, dispensando maiores explicações e justificativas. Apesar da necessidade de não descartar nenhum conhecimento transmitido pelos grandes pensadores, de reconhecer que os conhecimentos transcendem os conteúdos das imagens, o professor não pode esperar que o estudante terá uma boa formação apenas por conseguir compreender algumas estruturas de pensamentos de alguns filósofos, isoladamente, mas o professor deve se valer de sua formação para orientar e conscientizá-los sobre a importância do 'debruçar' sobre a leitura, análise, a reflexão e olhar crítico sobre toda questão apresentada em qualquer área do saber a ser problematizada, a seu próprio exemplo como mediador, capacitado para intervir no processo de construção da aprendizagem.
De acordo com o Curriculo Oficial/SP, cabe ao professor a responsabilidade de procurar seus próprios caminhos, através de estudos e pesquisas, muito empenho e dedicação como investimento próprio, capaz de prepará-lo para exercer bem sua função, como solução para superar as consequências de um perfil de formação oriundo de orientações rigorosas, pouco ou nada voltadas para o ensino.
Reflexão elaborada por Olinda A Antunes Okada
 (Bibliografia: Cursos de Formação by SEE/2008/Implementação do currículo oficial/div. atualiz. Gestão Educ.)

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Bjs
Olinda