Diante
de todos os esclarecimentos e exposição de todas as imagens que são
feitas da Filosofia(imagens, dentre tantas, anedóticas, tais como a de
que o filósofo é aquele que anda como se estivesse flutuando, com a
cabeça nas nuvens, ou então aquele que por caminhar olhando para o céu,
cai num buraco e é alvo de deboche ...) se é possível refletir sobre o
quanto estas imagens estão presentes nas ideias, de tal forma, que
dificulta a identificação sobre quais dentre tantas imagens seriam mais
ou menos prejudiciais ou importantes na nossa formação de conceito e na
libertação das armadilhas contagiantes que nos aprisionam às ideias do
senso comum. Mas, se há algo determinante, que não deixa nenhuma dúvida,
é que todas as imagens se complementam e também que todas se devem aos
próprios filósofos; pois desde os tempos mais remotos, devido à ausência
de preocupações centradas com seriedade e objetivos didático/pedagógcos
desprendidos e libertos dos ditames de um modelo de ensino elitista,
cujas características instalaram e espalharam raízes profundas e
proliferadoras no campo do ensino/aprendizagem, por excesso de
erudição, como se, inconscientemente, se pretendesse suprir a
inexistência do empirismo, termo este, que surgiu a partir da época de
Aristóteles. Esses são fatores que delimitaram a realidade dos
pensadores importantes, envolvidos e que se destacaram. Evidentemente,
não resta dúvida sobre a árdua caminhada necessária a ser percorrida
pelo docente que queira se situar no rumo certo e conquistar a devida
competência para exercer com êxito a docência, visto que, atualmente, as
idéias destorcidas, pouco ou nada definidas, se instalam graças, também
a professores, em detrimento de suas especializações alheias às
manifestações e dimensões da Cultura.
A
figura generalista de Platão, por suas vertentes ideológicas e
epistemológicas, pelas quais se cria uma imagem estigmatizante acerca do
filósofo, a qual encontra terreno sólido no espaço do senso comum, de
hábil manipulador dos conhecimentos, capaz de responder todas as
questões subjetivas, sem dúvida é a que mais encontra adeptos no âmbito
educacional. Porém esta imagem generalizada encontra limitações
inúmeras, dispensando maiores explicações e justificativas. Apesar da
necessidade de não descartar nenhum conhecimento transmitido pelos
grandes pensadores, de reconhecer que os conhecimentos transcendem os
conteúdos das imagens, o professor não pode esperar que o estudante terá
uma boa formação apenas por conseguir compreender algumas estruturas
de pensamentos de alguns filósofos, isoladamente, mas o professor deve
se valer de sua formação para orientar e conscientizá-los sobre a
importância do 'debruçar' sobre a leitura, análise, a reflexão e olhar
crítico sobre toda questão apresentada em qualquer área do saber a ser
problematizada, a seu próprio exemplo como mediador, capacitado para
intervir no processo de construção da aprendizagem.
De acordo com o Curriculo Oficial/SP, cabe ao professor a responsabilidade de
procurar seus próprios caminhos, através de estudos e pesquisas, muito
empenho e dedicação como investimento próprio, capaz de prepará-lo para
exercer bem sua função, como solução para superar as consequências de um
perfil de formação oriundo de orientações rigorosas, pouco ou nada
voltadas para o ensino.
Reflexão elaborada por Olinda A Antunes Okada(Bibliografia: Cursos de Formação by SEE/2008/Implementação do currículo oficial/div. atualiz. Gestão Educ.)
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Bjs
Olinda